quinta-feira, agosto 26, 2010

Marginalidade em falta

    Faz tempo que as coisas não são mais do jeito que tem que ser. Aquele surf que começou com o Michael Peterson, aquele rock que começou com o Minor Threat, o Black Flag e o Circle Jerks e o skate de Dogtown, nada disso é um monstro hoje em dia. Tudo isso virou uma papinha industrializada pra ser ingerida sem causar azias na sociedade. Além disso, o Straight Edge virou gang, o hardcore virou choradeira, o surf virou desfile de moda e o skate caminha pro mesmo fim: morrer em programas do Luciano Hulk e do Faustão, além dos Zonas de Impacto da vida, que tirando raras exceções, só exibem merda.
    Apesar de tudo isso, eu tenho acordado feliz ultimamente. Ainda existem lampejos de raiva, DIY, marginalidade, criatividade e espontaneidade que podem salvar nossas vidas. Shows como o São José do Esgoto e o Quebra Ossos na Garagem, marcas como Weird, Substance Abuse, revistas como Juice, Thrasher, blogs como o Hate Magazine e All Things Old School e bandas como Orgasmo de Porco, demonstram uma luz no fim do túnel, que são mantidas muitas vezes por pessoas que se sacrificam e não ganham nada pra manter essas instituições que realmente agridem o comodismo e o floreio em que as coisas que admiramos se tornaram.
    Um viva para esses empreendedores! E para aqueles que ainda acham que falta clareza nas minha palavras, eu sugiro a leitura do texto “O surfista Rebelde e os Poetas”, que tirando alguns clichês do mundo surfão, ilustra esse post muito bem.


2 comentários:

Decia disse...

Um viva pra esse cara que posta nesse blog tao sujo como minhas cuecas!!

Thiago disse...

Muito obrigado

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