“Um país possui uma vantagem comparativa na produção de um bem se o custo de oportunidade da produção desse bem em relação aos demais é mais baixo nesse país do que em outros”. (Krugman/Obstfeld – Economia Internacional - 6ª Edição).
O custo de oportunidade de um certo produto é a quantidade de um outro produto que poderia ser produzido com os recursos usados nesse certo produto.
O Brasil não consegue usufruir de suas vantagens comparativas, pois em muitos casos, os custos com transportes reduzem essas vantagens. No final de 2005, o custo de produção da soja nos Estados Unidos foi 38% maior que o custo do Brasil e essa vantagem é perdida porque a logística americana é muito melhor.
Produtos agrícolas como soja e suco de laranja, entraram na pauta de exportações com certa facilidade devido à malha viária do sul que facilita o fluxo de mercadoria entre o sul e sudeste. Entretanto, a expansões mais recentes desses produtos em direção ao sudeste tem encontrado dificuldades devido a grandes distancias envolvido, o que torna o transporte rodoviário inviável, e gera custos adicionais a esses produtos.
Outro inimigo das vantagens comparativas do Brasil é o sistema tributário. Citando mais uma vez a soja, a dificuldade de reaver créditos de ICMS torna a exportação do grão mais vantajosa do que outros produtos derivados da soja como o farelo e o óleo, desestimulando assim as vendas externas destes produtos.
Torna-se redundante dizer que o Brasil não aproveita de suas vantagens comparativas devido à desorganização do sistema tributário e falta de infra-estrutura.
(Trecho do meu trabalho de macroeconomia do MBA)
