Capa do nosso disco
Cara, é só olhar em volta. Antes de ser um surfista, todo babaca que compra uma prancha, vira uma estrelinha, ou pelo menos ele se acha, seja ele um hippie natureba ou um brigão arrogante. Isso quando o cara não quer ser os dois.
Eu queria saber o porque que tantas bermudas floridas e gírias que saem forçadas atraem tanta gente pra esse mundo de pouca autenticidade e muita mesmice?
É impressionante como todos querem ser iguais e se vestir igual só pra ser surfista, e o uniforme é o mesmo do norte ao sul do país: boné new era de lado, óculos da oakley, camiseta da quicksilver ou rip curl e o correntão no pescoço. Cara não tem erro, se você quer ser um surfista, parece que antes de aprender a surfar você tem que comprar o uniforme. O nível de boçalidade tá enorme, um bando de babaca do sexo masculino e feminino. E diga-se de passagem, a pior coisa do mundo é ver uma menina que quer pagar de surfão perguntando pra alguém se vai entrar o “swééélll”....isso é nojento, quem nunca sentiu vergonha disso?
É por causa dessas coisas que o Rogerinho tatuou “I hate surfers” na costela e tantos caras que surfam, odeiam os surfistas.
Na verdade, o erro é esse. É o fulaninho querer ser surfista igual ao cara da revista ou ao popstar da escola. Os caras tem que ser o que eles são e pegar umas ondas, tipo o Etam Paese, que é um metaleiro sujo e pega umas ondas, o Guilherme “Thunder” que é um tarado psicopata e pega umas ondas, o Jay Adams que é um skatista e pega umas ondas. Se o cara fosse simplesmente ele e além disso, pegasse umas ondas, a porra toda tava muito mais legal.
Thunder fedendo em Ibiza
Thunder em Ubatuba - Foto: Samira Liberato
Etam Paese - Foto: Nicolas Delavy
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